novembro 04, 2009

AULA 4: Performance e modelos de intervenção teatral.



Este tema pode ser problematizado com a leitura de muitos mais textos obviamente. No Brasil, Zeca Ligiero e Andé Carreira têm feito algum trabalho sobre teatro de rua e de intervenção. Na India existe um grupo muito curioso que podem ver aqui.
Nos Estados Unidos toda uma rede de teatro comunidade tem produzido espectáculos e reflexões (vejam aqui). Relativamente ao Playback theatre podem consultar a web pag do centre for playback theatre cujo fundador (1975) Jonathan Fox dirige. Na aula serão dadas outras referências.


Imagem retirada de :

REPACTED: Forum for Behavior Change

Rapid Effective Participatory Action in Community Theatre Education and Development

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2 comentários:

  1. Barbara:
    O texto de Rea Dennis e o do Kennedy Chinyowa trazem para a discussão a questão do teatro e da performance como metodologias de intervenção social, como formas de tentar mudar uma realidade definida para ambos os casos como povoada de sujeitos altamente fragilizados e vulnerados do ponto de vista de seus direitos humanos, sociais econômicos e culturais. Outras etnografias lidas na disciplina têm mostrado, sob diversas formas, que a performance é uma forma de intervier e de mudar a realidade, mas a diferencia entre esses é os dois artigos acima mencionados é que a configuração e organização das performances são propositadamente pensadas desde um agente exterior que identifica e quer influir numa problemática local. Ou seja, nestes casos a razão de ser da performance, em primeiro termo, é a intervenção social, e não uma conseqüência de sua execução.



    O texto sobre os refugiados e asilados na Austrália é sem duvidas um exercício de teatro da performance que não consegue atingir os objetivos que inicialmente se formula a autora e que tem a ver com a democracia inclusiva, a participação democrática e de dar voz aos oprimidos.



    Por outro lado o artigo sobre a luta contra o VIH na África mostra que o teatro popular e a organização das performances conseguem trazer para o debate dos grupos temáticas consideradas altamente relevantes por eles que, justamente, no desenvolvimento das performances encontram e propõem certas saídas para enfrentar a problemática do VIH, da opressão da mulher e da promiscuidade sexual. Podemos considerar neste sentido que as performances neste caso cumprem com os objetivos traçados de empoderamiento das comunidades locais.



    Em consideração dos elementos mencionados, que elementos jogam a favor e quais em contra no êxito das performances como metodológica de intervenção social? Que papel tem no sucesso das performances, sucesso no sentido de os sujeitos conseguirem mudar sua própria realidade de desigualdade e de injustiça social, a consideração previa por parte dos agentes externos, dos contextos socioculturais tradicionais locais e a historia passada e recentes dos grupos. Em resumo como pensar e posicionar a tríade performance cultura e sociedade no analise da performance como método de intervenção social.

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  2. Maycon
    No fim de seu texto Dennis afirma que a abordagem realizada - playback_theatre- junto aos refugiados e requerentes de asilo na Australia não_mudou profundamente suas vidas, por mais que tenham existido momentos_de reflexividade. Ja em Chinyowa o processo criado junto as pessoas_internas e externas da sociedade e as mudanças que ocorreram em_relação ao conhecimento local sobre a AIDS sugerem mudanças_significativas na vida das pessoas e tambem no processo teatral_experimentado.Ambos os textos me fizeram recordar a coloação de_Schieffelin sobre performance; performance deve ser abordada_etnograficamente, não apenas enquanto instrumento analitico. Podemos_pensar ser essa diferença que Shieffelin postula um elemento_determinante para refletir sobre a densidade das duas experiencias_teatrais postas em questão nos textos acima?


    Mariana
    Nos dois textos so relatados dramas sociais. No texto do teatro popular africano, no caso da Aids, abordado o drama social comum a muitas famlias que compartilham um mesmo contexto em vrias comunidades. E atravs de uma orientao que se utiliza de novas tecnologias e saberes teis para a comunidade esse drama obtm uma dimenso de visualizao maior com o objetivo de educar a sociedade, tendo um aspecto muito positivo. Relacionando com os meios de comunicao atuais, podemos verificar que eles tm muito poder sobre o indivduo nas sociedades, obtendo resultados significativos decorrentes das suas intenes.
    No texto sobre a democracia inclusiva, os dramas sociais possuem uma dimenso mais individual, como relatos de vida, sendo expostos no caso, de uma maneira performtico condutiva, onde um interlocutor coordena os passos do relato pessoal nico de cada indivduo, (nesse caso questiono a presena do interlocutor na performance). E de acordo com o trecho abaixo:
    Playback theatre is contingent on people telling their stories as if this is a good thing. In his assessment of the use of personal narratives as resources, Rappaport (1995) claims we should be able to see who is controlling the stories and who gives them social value otherwise there is a risk of social control, oppression and disenfranchisement.
    Questiono sobre esse tipo de performance, pois expe muito as pessoas que relatam suas vidas e seus dramas. Seria realmente uma maneira de democracia inclusiva vlida? Questiono sobre a tica, no s de quem relata seu drama, (como o autor comenta), mas tambm de quem conduz e coordena esse ato.

    Eduardo
    1) Como pensar as aproximações e distanciamentos entre as relações_entre teatro e drama social entre a cultura ocidental e a africana?_

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